BucólicoURBANO
Tirar das formas e da vida urbana o seu bucólico particular. Ler - Sentir - Traduzir
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Estética e Status
Às vezes sinto-me um E.T. nesse mundo escravo da estética e do status. Os dois realmente são como barras de chocolate para o nosso EGO e permeiam as relações de poder e prazer na qual estamos naturalmente inseridos. O conhecimento nos ajuda a parar e nos perguntar: Espera aí?! Por que estou fazendo isso, pra quê eu preciso disso? Não estou bancando o intelectual, só tento monitorar-me para não ser mais um escravo das demandas do sistema.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Verdade?
A verdade é conceito
É palavra
É frágil, é subjetivo
É superficial
Superfície
O que existe no fundo é o que realmente importa
E no fundo não existe conceito ou verdade
Existe, no fundo, constatação
Realidade
Inconceituável
Constatável
Inconcebível
Pelo mísero
Real? Superficial
Que conhecemos
Vivemos
Debatemos
Só Superfície
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Trancado
Porta trancada
Aviso:
Não Pertube
Aviso:
Mantenha distância
Aviso:
Acesso restrito
Porta trancada
Aviso:
Silêncio
Silêncio dos que estão fora
Porém, dentro, há um sujeito
Enclausurado em si
Em verbos, não verbalizados
Gritos inaudíveis
Abafados por lábios cerrados
Trancada, a porta
Encerra-se em silêncio inseguro
Delimita-se
O privado calado
Particular infinito
Perímetro solístico
De cada ser
Marcus Paulo Costa
domingo, 15 de novembro de 2009
Aula LETA 09 outdoor
As aulas de Oficina de Leitura e Produção de Textos (LETA 09) que são para mim muito interessantes e divertidas, nos deixam livres à discussão e também são um parto (de texto) a cada sexta! Digo parto, pois textos são como filhos para mim - frutos do nosso discurso.
Desta vez a aula foi no pátio da biblioteca e com direito a discussões fervorosas (como eu gosto) a respeito de discriminação e preconceitos em todos os aspectos.
Quando falamos disso tocamos em muitas feridas histórico-sociais e mexemos também com discursos fajutos e frágeis de respeito ao outro. Principalmente quando vejo o conhecimento sendo utilizado para diminuir o outro, suas crenças e seu modo de vida.
Tudo começa quando nos olhamos no espelho e criamos estereótipos sobre nós mesmo, em que eu sou uma excelente pessoa e que é o outro que precisa mudar mais do que eu. Na discussão cheguei a questionar a própria imagem que fazemos de nós baianos (hospitaleiros e alegres), como se todo baiano fosse assim como nos vemos e que se todo o sulista é como nós também estereotipamos. Toda imagem e ideia que temos sobre tudo passa por um filtro do nosso contexto interno portanto, será que não é a minha visão que está corrompida?
Falamos sobre o péssimo comentário de Caetano Veloso sobre o Presidente Lula e salientei que foi um nordestino nascido no recôncavo baiano que proferiu palavras tão preconceituosas, fruto de uma elitização cultural que inferioriza o que é popular (Até acho que o título de MPB está ultrapassado, pois já se tornou um estilo elitista). Caetano, até então, não seria uma pessoa capaz de fazer um comentário tão ridículo desse e que ofende a sua própria raiz.
Vamos sempre analisar o nosso próprio discurso e ver que tipo de preconceitos estamos carregando, pois estes são inevitáveis!
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Saindo do Lírico...?Axo q ñ...
Uma leitura do Omnibus:
Frustrante e arrebatador em 2 atos
Corpus de estudo: O Buzú
Metodologia: Observação com vestigíos de revolta sufacados
Teoria: O buzú é um contexto social a parte e fonte de inspiração para compulsivos em leitura de pessoas como eu!
Estava eu, saindo do campus (ñ sei pq me preocupo em colocar essas expressões em latim de itálico) depois de um dia interessantíssimo do SEPESQ¹ e tenho que encarar o meu buzú cheio. Visto minhas armaduras e encaro a minha viagem individual na leitura da imagem um tanto poética dos "usuários de coletivo". Até aí, o bucólico cenário formado para a minha análise.
Entro no ônibus e busco no meu intuitivo íntimo o local certo que terá a pessoa certa para que eu fique em pé, mas consiga que a minha mochila seja segurada e que daqui a alguns pontos esta mesma pessoa levante-se e conceda-me o lugar.
Consegui acertar a pessoa e fiquei feliz ao perceber cada movimento que indicava a sua preparação para a partida. Mas como nem tudo no ônibus é tão fácil, tive um concorrente que estava em arrebatadora vantagem (mulher, +/- 48 e de aparência cansada) e obviamente o "dono" do lugar ignorou-me, segurou a bolsa da moça e na sua partida marcou, ou melhor, deu por "direito" a cansada mulher que estava ao meu lado o lugar que poderia ser meu em poucos instantes. Calei-me e me convenci que aquilo foi o melhor a ser feito.
Frustrante e arrebatador.
Perseverava e torcia para que aquela senhora(?) saísse o mais rápido possível do lugar que eu tanto esperara para sentar. Rapidamente percebi também sua preparação de desocupação(a cadeira do Ônibus: lugar que por alguns instantes da vida se torna a coisa mais desejada e por isso o grande empenho em conseguí-lo) daquele que fora o meu lugar e vejo ao meu lado outro concorrente, ou melhor, outra concorrente em vantagem pelos mesmos motivos que a da primeira, mas com um ponto arrasador em favor: tinha acabado de passar por uma sessão de fisioterapia anteriormente. Já conseguia visualizar tudo o que iria acontecer após!
O pedido, a bolsa foi entregue, meu olhar de conformidade, a solidariedade x a bendita e maravilhosa sensação de conseguir um lugar para sentar no buzú cheio e vejo o lugar que poderia ter sido meu ocupado outra vez.
Frustrante e Arrebatador, mas solidário!
Por fim, a moça levantou no imbuí para a minha celebração interna e sentei-me!
Sentei-me como quem se livrasse de um peso: Frustrante e Arrebatador, mas solidário!
Frustrante e arrebatador em 2 atos
Corpus de estudo: O Buzú
Metodologia: Observação com vestigíos de revolta sufacados
Teoria: O buzú é um contexto social a parte e fonte de inspiração para compulsivos em leitura de pessoas como eu!
Estava eu, saindo do campus (ñ sei pq me preocupo em colocar essas expressões em latim de itálico) depois de um dia interessantíssimo do SEPESQ¹ e tenho que encarar o meu buzú cheio. Visto minhas armaduras e encaro a minha viagem individual na leitura da imagem um tanto poética dos "usuários de coletivo". Até aí, o bucólico cenário formado para a minha análise.
Entro no ônibus e busco no meu intuitivo íntimo o local certo que terá a pessoa certa para que eu fique em pé, mas consiga que a minha mochila seja segurada e que daqui a alguns pontos esta mesma pessoa levante-se e conceda-me o lugar.
Consegui acertar a pessoa e fiquei feliz ao perceber cada movimento que indicava a sua preparação para a partida. Mas como nem tudo no ônibus é tão fácil, tive um concorrente que estava em arrebatadora vantagem (mulher, +/- 48 e de aparência cansada) e obviamente o "dono" do lugar ignorou-me, segurou a bolsa da moça e na sua partida marcou, ou melhor, deu por "direito" a cansada mulher que estava ao meu lado o lugar que poderia ser meu em poucos instantes. Calei-me e me convenci que aquilo foi o melhor a ser feito.
Frustrante e arrebatador.
Perseverava e torcia para que aquela senhora(?) saísse o mais rápido possível do lugar que eu tanto esperara para sentar. Rapidamente percebi também sua preparação de desocupação(a cadeira do Ônibus: lugar que por alguns instantes da vida se torna a coisa mais desejada e por isso o grande empenho em conseguí-lo) daquele que fora o meu lugar e vejo ao meu lado outro concorrente, ou melhor, outra concorrente em vantagem pelos mesmos motivos que a da primeira, mas com um ponto arrasador em favor: tinha acabado de passar por uma sessão de fisioterapia anteriormente. Já conseguia visualizar tudo o que iria acontecer após!
O pedido, a bolsa foi entregue, meu olhar de conformidade, a solidariedade x a bendita e maravilhosa sensação de conseguir um lugar para sentar no buzú cheio e vejo o lugar que poderia ter sido meu ocupado outra vez.
Frustrante e Arrebatador, mas solidário!
Por fim, a moça levantou no imbuí para a minha celebração interna e sentei-me!
Sentei-me como quem se livrasse de um peso: Frustrante e Arrebatador, mas solidário!
¹ SEPESQ-Seminário Estudantil de Pesquisa em Letras
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Sonho o real
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